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domingo, 2 de maio de 2010

Sofrido: com oito jogadores, mas com Ganso em tarde mágica, Peixe é campeão

Alvinegro perde o jogo para o Santo André por 3 a 2, mas ganha o título no Pacaembu graças à vantagem adquirida na primeira fase
Adilson Barros, Julyana Travaglia e Carlos Augusto Ferrari São Paulo
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Foi sofrido. Muito sofrido. O 18º título paulista do Santos saiu a fórceps neste domingo, no Pacaembu. O time que deu show durante todo o Estadual teve de suar muito, mas confirmou o favoritismo e levantou o troféu após perder por 3 a 2 para o Santo André, terminando a partida com oito jogadores em campo. Épico.

A marca de cem gols no ano foi atingida pelo time de Robinho, Neymar e, principalmente, Paulo Henrique Ganso - que foi um gigante na decisão e compensou, sozinho, a perda de Léo, Marquinhos e Brum, expulsos. Neymar marcou duas vezes para os santistas. Nunes, Alê e Branquinho fizeram para o Ramalhão, que, bravamente, caiu de pé. 

Marcos Alves/AGÊNCIA O GLOBO

Robinho, Arouca e Paulo Henrique (17) comemoram após o apito final no Pacaembu

 

Gols, expulsões e Ramalhão na frente

O primeiro tempo foi eletrizante, nervoso, aberto e com muitos gols. O Santos entrou em campo para festejar, mas esqueceu-se de que título só se comemora após o apito final. O Santo André, ligado, dividindo todos os lances e consciente de que disputava uma final, surpreendeu logo aos 30 segundos de jogo. Branquinho lançou Cicinho, na direita, às costas de Léo. O lateral do Ramalhão invadiu a área, driblou o goleiro Felipe e chutou cruzado. Antes de a bola entrar, Nunes empurrou para o gol.

O Peixe não se encolheu e foi para cima. Aos sete minutos, Marquinhos achou Robinho dentro da área. De letra, o Rei das Pedaladas deixou Neymar livre na marca do pênalti. Ele se livrou de três marcadores e estufou a rede com um forte chute de direita.

O problema do Santos é que, se o ataque é insinuante, rápido e imprevisível, a zaga às vezes é lenta e desatenta. O Ramalhão seguiu em cima, dividindo todas as bolas com muita força e vontade. Na frente, Bruno César, Branquinho e Rodriguinho, com movimentação constante, bagunçavam a defesa adversária. Aos 15 minutos, Branquinho livrou-se da marcação pelo meio e mandou a bomba. A bola explodiu na trave. Em seguida, aos 17, Carlinhos desceu pela esquerda e cruzou para Rodriguinho marcar de cabeça. No entanto, a auxiliar Maria Eliza Barbosa errou e marcou impedimento de Carlinhos, cuja posição era normal.

O Ramalhão seguia em cima e, aos 19, fez o segundo gol. Após cobrança de escanteio pela direita, Alê apareceu na área. A zaga santista ficou olhando, e o volante completou de cabeça para o gol.

O jogo, além de corrido, era nervoso. Neymar buscava o drible, e os marcadores faziam falta. Aos 22 minutos, Alê chegou de forma mais dura numa dividida com o garoto santista, provocando uma grande confusão. Ganso tomou as dores do amigo e partiu para cima do volante. E Léo e Nunes começaram uma ríspida discussão paralela, perto da linha lateral. Foram expulsos. Os andreenses reclamaram muito do comportamento de Neymar em campo.

- Ele é um cai-cai do c... - xingou o goleiro Júlio César. 

Com os dois times atuando com dez jogadores, o Santos passou a controlar melhor a posse de bola. A defesa alvinegra já não tinha tanto trabalho para marcar apenas Rodriguinho à frente, e o Peixe, de passe em passe, chegou ao seu segundo gol. Aliás, outro golaço. Robinho ganhou dividida na intermediária e passou a bola para Ganso, que, de calcanhar, encontrou Neymar entrando pela esquerda. O garoto, de canhota, teve tranquilidade para colocar a bola no canto direito, longe do alcance de Júlio César.

Quando o jogo estava sob controle do Peixe, Marquinhos se precipitou e acertou um carrinho por trás, desnecessário, em Branquinho. Foi expulso, deixando o time com nove jogadores. Aí, o jogo ficou à feição para o rápido time do ABC paulista. Com o adversário escancarado, Bruno César acertou belo passe para Branquinho, que entrava pelas costas da defesa santista. O meia girou e bateu colocado, de direita, sem chances para Felipe, desempatando novamente o jogo: 3 a 2. Faltava ainda um gol para o Ramalhão, já que o resultado ainda dava o título ao primeiro colocado da fase de classificação.


Fim de jogo dramático após outra expulsão

O Santos voltou mais bem posicionado para o segundo tempo. Dorival Júnior abriu Robinho pela direita e Neymar pela esquerda. Ganso jogava pelo meio. Arouca e Mancha marcavam pelo meio. Mesmo com um a menos, o Peixe conseguia ameaçar. Logo aos três minutos, num lindo passe diagonal, Ganso enxergou Robinho. O gol só não saiu porque o atacante chegou atrasado.

O Ramalhão, porém, continuava bem vivo no jogo. Sempre que Bruno César ou Branquinho pegavam na bola, o time do ABC criava jogadas perigosas. Aos cinco minutos, Rodriguinho recebeu de Bruno, driblou Felipe e chutou para o gol. Arouca, que entrava por ali, salvou o Alvinegro Praiano.


Aos 17, Dorival tirou Robinho para colocar o atacante André. A missão do centroavante era correr atrás dos zagueiros para tentar dificultar as saídas de bola do Ramalhão. Com essa mudança, o Santos deixou de ser ameaçado momentaneamente. Ganso assumiu o comando do time e passou a prender a bola no meio. Neymar tentava partir para cima, mas caía a toda hora. Aos 32, foi substituído por Roberto Brum.
 
O Santos tinha o jogo sob controle. Mesmo com um a menos, marcava bem e não dava chances para o Santo André. Até que Brum cometeu o mesmo vacilo de Marquinhos. Fez falta por trás em Pio e recebeu o vermelho. O Peixe tinha apenas oito jogadores em campo, e a partida se tornou dramática. Dorival Júnior, prontamente, mandou o zagueiro Bruno Aguiar para o campo. Ganso iria sair, mas foi firme. Virou-se para o banco e gritou:

- Eu? Eu não. Vou ficar aqui!

André, então, foi sacado.
 
Melhor para o Peixe. O meia prendeu a bola na frente, chamou falta, cavou escanteio.

A essa altura, o Ramalhão já tinha Rodriguinho, Rodrigão e Pio, todos praticamente dentro da área. O Peixe se segurava como podia. Aos 45 minutos, o momento de maior tensão para os torcedores santistas: Rodriguinho completou um cruzamento da esquerda, e a bola tocou na trave direita, com Felipe torcendo para ela não entrar.

Tensos, os torcedores santistas, de pé, exigiam o fim do jogo no Pacaembu. Com o apito final, aos 49 minutos, a explosão de alegria começou. Agora, a terceira geração dos Meninos da Vila confirma o destino do Santos: ser formador de meninos campeões. 


Ficha técnica: 

SANTOS 2 x 3 SANTO ANDRÉ
Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Mancha, Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Roberto Brum) e Robinho (André). Júlio César, Cicinho (Rômulo), Halisson, Cesinha e Carlinhos; Alê (Pio), Gil, Branquinho (Rodrigão) e Bruno César; Rodriguinho e Nunes.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Nunes, aos 30 segundos, Neymar, aos sete minutos, Alê, aos 19, Neymar, aos 31, e Branquinho, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rodriguinho, Júlio César, Alê, Carlinhos, Cicinho, Rômulo, Halisson (Santo André), Pará, Neymar, Paulo Henrique Ganso (Santos). Cartão vermelho: Nunes (Santo André) e Léo, Marquinhos e Roberto Brum (Santos)
Público e renda: 35.001 pagantes e R$ 2.349.455.
Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Data: 02/05/2010. Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Maria Eliza Correia Barbosa e Daniel Paulo Ziolli.

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