A festa em preto e branco começou nas primeiras horas do dia. O Mineirão apenas refletiu o sentimento de uma cidade. Desde a vitória sobre o Santos, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, o torcedor atleticano esperava o fim da decisão para soltar o grito de campeão, algo que não acontecia desde o Estadual de 2007.
Como o Galo já havia vencido a primeira partida, no Ipatingão, por 3 a 2, a vantagem era muito grande. O time alvinegro só perderia o título se fosse derrotado por dois ou mais gols de diferença. E os atletas do Atlético não deram a menor chance ao adversário. Com um futebol consistente, a equipe venceu o Tigre com muita propriedade.
Mesmo com o título, o técnico Vanderlei Luxemburgo já disse que não existe muito tempo para festa. Afinal de contas, o próximo compromisso é na quarta-feira, na Vila Belmiro, diante do Santos, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Ao Ipatinga, além da ótima participação no Campeonato Mineiro, resta a esperança de uma grande campanha na Série B do Brasileirão. O Tigre estreia no sábado, às 16h (de Brasília) em Curitiba, diante do Paraná.
Torcida do Atlético-MG enche o Mineirão e faz grande festa durante jogo contra o Ipatinga
Empate bom para o Galo na primeira etapa
O Ipatinga também apresentou novidades. O técnico Gilson Kleina escalou o lateral-direito Afonso como titular. Provavelmente, a intenção era dar mais liberdade para que Luizinho buscasse o ataque.
O Tigre até que começou bem, tentando os ataques, principalmente pela ponta esquerda. Porém, rapidamente, o Galo assumiu o comando das ações e começou a levar perigo ao goleiro Douglas.
Com muita paciência, o Atlético tocava a bola de um lado para o outro, irritando o adversário. Afinal de contas, a vantagem era da equipe alvinegra. As chances, aos poucos, começaram a surgir. Fabiano, cara a cara com o goleiro do Ipatinga, chtuou fraco e desperdiçou excelente oportunidade de abrir o placar.
A partir daí, o time do Vale do Aço começou a marcar melhor, mas perdeu consideravelmente seu poder de ataque. Com isso, o jogo ficou disputado entre as duas intermediárias, sem que os goleiros trabalhassem. O Atlético, da mesma forma que o adversário, também fazia uma marcação muito forte sobre os atacantes do Tigre.
E, a partir da metade do primeiro tempo, o Atlético voltou a dominar o jogo. Com toques rápidos, o Galo forçava o Ipatinga a se desgastar na marcação. Diego Tardelli, mais uma vez, fazia uma partida de destaque, envolvendo os zagueiros do Tigre.
Mas o gol não saiu. Mesmo com a pressão exercida pelo Galo, o 0 a 0 foi um placar que refletiu a superioridade das defesas sobre os ataques no primeiro tempo.
Placar construído pelos ídolos
Com a necessidade de fazer pelo menos dois gols, o Tigre avançou um pouco mais a equipe. Com isso, o Galo teve mais espaços para contra-atacar. As chances de gols de ambos os lados cresceram consideravelmente.
Gilson Kleina, na tentativa de aumentar a força ofensiva do Ipatinga, colocou mais um atacante em campo. Joabe, que não foi bem na partida de ida, no Ipatingão, entrou no lugar de Luizinho, que estava perdido em campo.
Mas a alteração do Tigre não deu certo. Melhor para o Galo. Aos 25 minutos, Muriqui chegou na ponta esquerda e fez um cruzamento perfeito para o meio da área. Diego Tardelli, como um raio, surgiu sem marcação e, com categoria, tocou para o fundo das redes: 1 a 0.
Diego Tardelli festeja o primeiro gol, que deu tranquilidade ao Galo no fim da partida
E para fechar a festa com chave de ouro, Marques. Aos 42 minutos, o atacante recebeu ótimo passe de Ricardinho e, na saída de Douglas, tocou para as redes: 2 a 0. O veterano tirou a camisa, arrancou o poste da bandeirinha e escreveu, definitivamente, seu nome na galeria dos grandes ídolos da história do Atlético, campeão mineiro de 2010.
| ATLÉTICO-MG 2 x 0 IPATINGA | |
| Aranha, Carlos Alberto, Jairo Campos, Werley e Leandro (Junior); Zé Luís, Correa (Cáceres), Fabiano e Ricardinho; Muriqui (Marques) e Diego Tardellli | Douglas; Luizinho (Joabe), Sílvio, Max e Marinho Donizete; Max Carrasco, Leanderson, Afonso e Javier Reina (Patrick); Francismar (Muller) e Danilo Dias. Técnico: Gilson Kleina |
| Técnico: Vanderlei Luxemburgo | Técnico: Gilson Kleina |
| Gols: Diego Tardelli, aos 25 e Marques, aos 42 minutos do segundo tempo | |
| Cartão amarelo: Silvio, Reina e Marinho Donizete (Ipatinga); Werley e Fabiano (Atlético-MG) | |
| Estádio: Mineirão Data: 02/05/2010. Público: 60.704 pessoas Renda: R$ 1.209.820,00 Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP) Auxiliares: Alessandro Matos (Fifa-BA) e Marcelo Gasse (Fifa-SP) | |
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