Paulo Tescarolo, iG São Paulo
Lionel Messi desfilou sozinho no gramado do Camp Nou, nesta terça-feira. Foram quatro gols marcados, outras tantas oportunidades criadas e uma vaga assegurada nas semifinais da Liga dos Campeões. Mais do que nunca, o Barcelona tem que agradecer ao craque argentino pela vitória por 4 a 1 sobre o Arsenal, que mantém a equipe espanhola na briga por seu quarto título europeu.O Barcelona chegou a levar um susto no primeiro tempo, quando o Arsenal abriu o marcador. Mas o risco de eliminação foi desaparecendo conforme Messi assumiu o comando do espetáculo. Ele empatou o jogo aos 21 minutos, fez o gol da virada aos 37 e acabou de vez com as esperanças do Arsenal aos 42, com um golaço por cobertura. Na etapa final, o craque ainda fez o quarto gol para não deixar margem a dúvidas.
Agora, classificado para as semifinais e mais badalado do que nunca, Messi se prepara para a próxima e mais dura missão: vencer o Real Madrid, sábado, no estádio Santiago Bernabéu, e isolar-se na liderança do Campeonato Espanhol. Na Liga dos Campeões, o próximo desafio é contra a Inter de Milão, que eliminou o CSKA.
| AFP |
| Messi toca por cima de Almunia e marca o terceiro gol do Barcelona diante do Arsenal |
O primeiro tempo foi todo de Messi, que marcou três gols e ainda criou mais três ótimas oportunidades. Na primeira, bateu cruzado e Almunia salvou com a ponta do dedo. Na segunda, arriscou da meia-lua e mandou rente ao travessão. Na terceira, quando o placar já estava 1 a 0, chamou Silvestre pra dançar e bateu à esquerda do gol.
Apesar do domínio inicial do Barcelona, quem abriu o placar foi o Arsenal, num contra-ataque que pegou a defesa catalã aberta. Walcott invadiu a área e rolou para Bendtner, mas Valdés defendeu. O atacante brigou pela sobra e conseguiu mandar para as redes.
O gol adversário e o risco de eliminação do Barcelona foram a senha para Messi iniciar o show particular. Começou com um lance de habilidade, sorte e esperteza em que o argentino tabelou com a própria defesa do Arsenal e bateu firme, empatando o jogo.
Aos 37 minutos, a qualidade do time do Barcelona ajudou. Em bela trama ofensiva, Abidal recebeu pela esquerda e cruzou. A defesa fez o corte parcial, mas Pedro pegou a sobra dentro da área e fez o passe sem se afobar. Messi dominou, livrou-se com categoria da marcação e mandou para as redes.
O último ato do primeiro tempo, aos 42 minutos, foi o mais belo. Com a defesa do Arsenal aberta, Keita fez passe de cabeça no meio-campo e Messi avançou completamente livre até a área adversária. O craque esperou a saída de Almunia e tocou por cobertura. Um golaço!
Esperar um ‘bis’ de Messi no segundo tempo seria exagero, mas nem por isso o craque se omitiu. Ele teve o primeiro lampejo de genialidade aos 26 minutos, quando os demais jogadores ficaram parados à espera do árbitro numa cobrança de falta. Malandro, o argentino cobrou discretamente e deixou Pedro na cara de Almunia. O atacante tentou mandar por cobertura, mas, sem a categoria do colega, errou o alvo.
Quando o torcedor já se dava por satisfeito com a vitória e com os três gols, Messi decidiu que ainda não era o bastante. Aos 42 minutos, ele recebeu na área, chutou uma vez e Almunia defendeu. O argentino pegou a sobra, caprichou um pouco mais na conclusão e, pela quarta e última vez na partida, colocou a bola nas redes do Arsenal.
FICHA TÉCNICA – BARCELONA 4 X 1 ARSENAL
Data: 6 de abril de 2010, terça-feira
Horário: às 15h45 (de Brasília)
Local: estádio Camp Nou, em Barcelona (Espanha)
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Assistentes: Jan-Hendrik Salver (Alemanha) e Mike Pickel (Alemanha)
Cartões amarelos: Denílson, Rosicky, Eboué (Arsenal)
Gols: Bendtner, 18 minutos, e Messi, 21 minutos, 37 minutos e 42 minutos do primeiro tempo; Messi, 42 minutos do segundo tempo
BARCELONA: Valdés, Daniel Alves, Rafa Márquez, Milito e Abidal (Maxwell); Busquets, Keita e Xavi; Messi, Pedro (Iniesta) e Bojan (Touré).
Técnico: Josep Guardiola
ARSENAL: Almunia, Sagna, Vermaelen, Silvestre (Eboué) e Clichy; Denilson, Diaby e Nasri; Walcott, Bendtner e Rosicky (Eduardo).
Técnico: Arsene Wenger

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