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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Santo André espalha jogadores pela Série A e fatura, mas teme o abismo


Clube negociou principais jogadores após vice no Paulistão, mas fracassou na remontagem da equipe. Hoje luta contra a queda a Série C do Brasileiro


Mais de um terço dos times que disputam a Série A tirou uma casquinha do Santo André vice-campeão paulista: oito dos 20 participantes trouxeram jogadores que fizeram parte daquela trajetória, interrompida pelo Santos de Neymar. As transferências renderam cerca de R$ 4 milhões. No entanto, se teve sucesso ao negociar jogadores até então pouco conhecidos, o clube do ABC paulista fracassou na remontagem da equipe.
montagem time santo andréNo time posado para a final do Paulistão, aparecem os negociados Carlinhos, Alê, Cesinha, Nunes, Rodriguinho, Branquinho, Bruno César e Rômulo (Montagem sobre foto da Gazeta Press)
O resultado é que ela se encontra na 17ª colocação da Série B e não deixará a zona de rebaixamento mesmo que derrote o Duque de Caxias às 16h10m desta terça-feira, no Rio de Janeiro.  Até o fim do campeonato, serão 11 rodadas na tentativa de evitar o "inferno da terra do futebol".
A Série C é o abismo do futebol.
A renda cai drasticamente, mal paga o massagista. Já passamos por uma Série A2 do Paulista, sabemos como é o inferno da
terra do futebol"
Romualdo Magro Junior (vice-presidente)
- A Série C é o abismo do futebol. Não podemos cair de jeito nenhum, nem considero essa possibilidade. A renda cai drasticamente, mal paga o massagista. Já passamos por uma Série A2 do Paulista, sabemos como é o inferno da terra do futebol. Arbitragem ruim, campos horríveis. É o calvário desse esporte, e não podemos correr esse risco - afirmou vice-presidente Romualdo Magro Junior.
Com um elenco montado sem um só nome consagrado, o Santo André conseguiu deixar para trás os principais candidatos ao título de um dos campeonatos estaduais mais difíceis do país. Dos 14 jogadores que enfrentaram o Santos na decisão, sete deixaram o time - além de outros reservas que também encerraram contrato com a equipe do ABC. Branquinho (Atlético-PR), Bruno César (Corinthians), Rodriguinho e Carlinhos (Fluminense), Cesinha e Nunes (Vasco) e Rômulo (Cruzeiro) foram as principais vendas. Além deles, Alê foi para o Atlético-MG, enquanto Ricardo Conceição fechou com o Vitória. No total, foram 17 jogadores que saíram. E o treinador Sérgio Soares, demitido no fim de setembro, foi contratado pelo Furacão.
SANTO ANDRÉ NA ELITE DO BRASILEIRÃO
Alê (Atlético-MG) 7 jogos
Branquinho (Atlético-PR) 26 jogos / 4 gols
Bruno César (Corinthians) 23 jogos / 11 gols
Carlinhos (Fluminense) 18 jogos / 2 gols
Cesinha (Vasco) 8 jogos / 1 gol
Nunes (Vasco) 10 jogos / 2 gols
Ricardo Conceição (Vitória) 24 jogos / 1 gol
Rodriguinho (Fluminense) 21 jogos / 5 gols
Rômulo (Cruzeiro) 12 jogos / 1 gol
 - Fiquei extremamente chateado (com a demissão de Sérgio), para falar a verdade. Demorei uma semana para entender, aceitar. Porque ele, além de um grande treinador, é meu amigo. Ainda acho que não era o culpado. Ele estava tentando fazer de tudo, mudou o esquema de todas as maneiras, deu chance para todo mundo. Acho que foi um momento errado, vínhamos de bons jogos, com a equipe foi se encontrando. Por sorte, ele foi pra um grande time - defendeu o goleiro Júlio César, um dos remanescentes do elenco finalista e o atleta mais experiente do grupo.
Os rendimentos que o clube teve com a venda de seus principais nomes serviram apenas para cobrir os gastos gerais da folha de pagamento do clube, de acordo com Romualdo.
- Serviu para conseguirmos cobrir a folha de pagamento. A receita do Santo André é praticamente a venda de jogadores. Renda de jogos, por exemplo, dão até prejuízo, de 15 a 20 mil reais. A renda que temos é mínima, entre 8 e 10 mil reais. Quase zero, se for ver os parâmetros. Patrocínio também é pouca coisa, não fazemos muitos contratos - explicou o dirigente.
Contratações fracas: um dos motivos da derrocada
A saída de Sérgio Soares, substituído por Fahel Junior, rendeu poucos sorrisos. O novo comandante venceu pela primeira vez na última sexta-feira (1 a 0 sobre o São Caetano), em seu quinto jogo. Demitido com o time na 18ª colocação da Série B, o técnico vice-campeão paulista dá a sua opinião sobre os problemas do time atual.
- A proposta do presidente era manter o esquema do primeiro semestre: contratar jogadores jovens. Mas os atletas chegaram muito mal, abaixo do esperado. Os clubes de onde eles vieram não trabalharam bem, ou eles estavam parados. Em função disso, tivemos muitas dificuldades, ainda mais em um campeonato difícil como o da Série B. Passamos por um processo de transição de um grupo saindo de um Paulista para outro que estava sendo remontando - explicou o treinador.
Branquinho Atlético-PRPara Branquinho, clube de menor expressão não tem como segurar jogadores (Foto: Ag. Estado)
Investindo novamente em contratações baratas de jovens promessas, os recém-chegados não conseguiram resgatar o espírito e a confiança que o elenco do início do ano conquistou.
- Existem jogadores que chegam a um clube, e infelizmente as coisas não encaixam. É coisa de adaptação, ninguém vai chegar logo resolvendo a situação do time. O Bruno César foi um caso único, que chegou e despontou. Eu tenho carinho grande pelo Santo André, que abriu as portas para mim. Se não fosse pelo clube e pelo Sérgio Soares, que me segurou, eu não estaria hoje no Fluminense - defendeu o atacante Rodriguinho, que já marcou cinco gols na Série A.
O meia Branquinho, que vem acumulando boas atuações pelo Atlético-PR, mantém o otimismo quanto à situação do Santo André e defende a política do clube.
- É uma situação crítica essa que eles estão atravessando, mas confio no trabalho deles. Sei que vão sair dessa situação. Tínhamos uma equipe entrosada e, se saem vários jogadores, é normal passar por essa dificuldade. No futebol brasileiro, nenhum clube consegue segurar os atletas, ainda mais um de menor expressão. A diretoria foi amigável na situação e aceitou as propostas que apareceram. Não dá para impedir o atleta de conquistar espaço no cenário nacional. O presidente fez certo - afirmou Branquinho.
Pelo financeiro, acima de tudo, time quer distância da 3ª divisão
Má sorte na contratação, condicionamento físico e problemas de adaptação foram apontados como principais causas para o mau desempenho na Série B. Mas ele preocupa não apenas pela tristeza de um possível rebaixamento, mas especialmente pela questão financeira.
Média de público no Bruno José Daniel, que era de 4.195 pessoas no Paulistão, caiu para 828 na Série B. A queda na folha de pagamento foi menos drástica:
de R$ 750 mil para R$ 600 mil 
A média de público do Santo André jogando no Bruno José Daniel, no Paulista, foi de 4.195 pessoas (excluindo a final, já que a grande maioria dos 33.354 torcedores estavam ali para torcer pelo Santos). Na Série B, este número cai vertiginosamente para 828, o que não ajuda a encher os cofres. A folha de pagamento não mudou muito do primeiro semestre para o segundo: segundo Romualdo, os gastos caíram de R$ 750 mil para R$ 600 mil. Além do dinheiro dos jogos, patrocínio e venda de jogadores, outra fonte de arrecadação do Ramalhão é pela cota paga pela CBF pela participação do clube na Série B.
- Nossa maior preocupação hoje é permanecer na Série B. Antes pensávamos em voltar para a Série A, apostando em jogadores sem expressão, mas que queriam ter a oportunidade de vestir uma camisa da Primeira Divisão. As novas apostas não deram certo, achamos que o time podia responder, mas não aconteceu - disse Romualdo, ainda esperançoso em montar um bom time para o ano que vem.

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