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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Campeonato Francês

Bordoada


Postado por Fernando Moreira

Lyon: subida na hora certa
A guilhotina desceu sem dó e fez a cabeça da turma da gironda rolar, para delírio da massa lionesa. Com sua terceira derrota em três jogos, o Bordeaux deixou a liderança da Ligue 1 de mão beijada para o Lyon. Além disso, foi ultrapassado por Montpellier e Auxerre. Embora esteja a apenas um ponto de distância do OL e com duas partidas a menos, a equipe já desperta algumas dúvidas. Os Marine et Blanc estariam em queda livre bem no fim da temporada, logo em um momento tão crucial?

O alerta dado por Cédric Carrasso ao final da derrota por 2 a 1 para o Nancy, em pleno Chaban-Delmas, ilustra bem o clima na equipe. O goleiro pediu para que seus companheiros parassem com o “cinema”. Em duas temporadas e meia no comando da equipe, Laurent Blanc jamais conheceu uma sequência tão ruim: além das três derrotas consecutivas, o time levou oito gols. Hoje, nem estaria classificado para a próxima edição da Liga dos Campeões.

Claro, tudo pode mudar completamente se a equipe ganhar seus dois jogos de diferença em relação aos demais. Só que o Bordeaux vive uma semana de extrema importância nesta temporada. Depois de perder por 3 a 1 para o Lyon no Gerland, chegou a hora de colocar em jogo seu futuro na LC em casa. Donos da melhor campanha da primeira fase, os Marine et Blanc se afundariam ainda mais em caso de eliminação.

Até o fim de 2009, o Bordeaux mantinha uma distância segura da concorrência, o que lhe dava margem para um deslize ou outro no meio do percurso. Pelo menos, após cada tropeço, a equipe logo se reencontrava e mantinha o bom nível. Em 2010, porém, este mesmo equilíbrio passa longe dos girondinos. A queda de produção se traduz com as atuações para lá de discretas de Yoann Gourcuff. E quando o meia vai mal, todo o resto o acompanha.

Outro fator que tem incomodado o Bordeaux está em sua enfermaria, cada vez mais cheia. O volante Fernando Menegazzo se tornou o mais novo membro da turma do hospital, após sofrer múltiplas fraturas no rosto. Com as seguidas lesões, a defesa do time foi o setor mais atingido e, como era de se esperar, degringolou de vez. Nem mesmo o retorno de Henrique serviu para melhorar o desempenho contra o Nancy. Issar Dia agradeceu os espaços e fez o que quis pelo lado direito da defesa girondina.

Enquanto isso, o Lyon, que começou a temporada de ressaca, aparece bem acordado agora e com pique para ir longe. A derrota para o Olympique de Marselha parecia deixar a equipe longe de tudo, mas os seguidos tropeços do Bordeaux ajudaram o OL a se reerguer na Ligue 1. Na LC, o triunfo por 3 a 1 sobre o rival que o destronou também lhe encheu de moral. A vontade exibida nos 2 a 1 fora de casa contra o Rennes mostra o atual espírito da equipe.

O mais engraçado foi reparar que o Lyon estava sem diversos de seus principais jogadores em uma partida complicada na casa do inimigo. Poucas vezes nesta temporada o OL se mostrou tão dominante fora de seus domínios. O Rennes, vindo de quatro vitórias seguidas, se gabava da força de seu ataque. Contra os lioneses, os bretões tiveram apenas duas míseras chances para marcar.

Dependendo do resultado da partida de volta contra o Bordeaux pela LC, o Lyon ganhará ânimo além do infinito para uma série quase desumana em seus últimos jogos na Ligue 1. O OL terá pela frente nada menos do que Lille, Monaco e Auxerre em casa, e Bordeaux e Montpellier fora. Ou seja: quatro dos cinco concorrentes diretos pela taça. Para quem gosta de ver o circo pegar fogo, fósforos e álcool não faltarão.
De malas prontas
Era a chance de ouro do Le Mans ganhar um impulso decisivo em sua luta para escapar do rebaixamento. O MUC 72 visitou o Saint-Etienne no caldeirão de Geoffroy-Guichard com a esperança de surpreender os donos da casa, que também estão às voltas com o fantasma da queda para a Ligue 2. No entanto, os Verdes comemoram um triunfo por 2 a 0, que os deixou mais longe da degola, e jogou os visitantes para mais perto do facão.

Esta foi a quarta derrota seguida do Le Mans no campeonato. Nesta série, foi a segunda para um concorrente direto – antes, havia sido derrotado pelo Nice por 1 a 0. O novo revés parece ser suficiente para dar a dimensão do drama da equipe: penúltimo colocado, o time está 11 pontos atrás do Saint-Etienne, primeiro a se salvar, com oito partidas para disputar. A não ser que tenha um desempenho digno de um campeão, o MUC 72 pegará o elevador para o andar da Ligue 2.

O lanterna Grenoble já até estende a mão para que o Le Mans o acompanhe e, embora o time resista, parece ser mesmo este o seu fim nesta temporada. O torcedor mais otimista olha para a tabela e vê que, nas últimas oito partidas, restam compromissos contra uns timinhos aí que nem jogam nada: apenas Montpellier, Bordeaux, Lille e Lyon, que brigam de foice lá na frente para ver qual deles será o campeão.

Contra o Saint-Etienne, o Le Mans teve motivos para acreditar em uma vitória redentora. O time teve o domínio territorial e esteve melhor do que o adversário, mas pecou por sua falta de objetividade. O resultado foi visto n segundo tempo, quando o ASSE fez os dois gols da vitória em jogadas de bola parada. E é exatamente este tipo de derrota que acaba com qualquer ânimo dos jogadores.

Para os atletas, fica difícil assimilar uma derrota quando seu time nitidamente foi superior em campo. Cria-se aquele espírito de “por mais que nos esforcemos, a derrota parece certa”. Na última temporada, o Le Mans se salvou apenas na última rodada. Nesta, pelo jeito, a salvação está bem mais complicada. As portas da Ligue 2 se aproximam da equipe, cinco anos depois de o MUC 72 passar por ela e ter acesso à primeira divisão.

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