Ronaldo já planeja 2010 e espera dividir cobranças de faltas com Roberto Carlos
Fenômeno revelou que pensa em fazer um ótimo ano pelo Corinthians e possivelmente encerrar a carreira em 2011
Redação iG Esporte
SÃO PAULO - Em entrevista na tarde desta sexta-feira para o site do Estadão, o atacante Ronaldo deu mostras de que está confiante em fazer um bom ano de centenário do Corinthians, além de, mais uma vez, fazer lobby pela chegada do amigo Roberto Carlos, lateral-esquerdo que joga atualmente na Turquia.
"Ele cobra (faltas) muito melhor que eu. Não vai ter problema em ceder. Eu nunca fui de bater falta. Na Inter de Milão fiz alguns de falta, mas nunca foi meu forte", disse o atacante, se referindo à possível chegada do jogador do Fenerbahce.
Além de Roberto Carlos, o Fenômeno disse que aguarda pelos reforços de peso para que o Corinthians consiga seu maior objetivo na temporada que vem: a Libertadores. "A diretoria tem que se preocupar em reforçar o time. Vai ser um ano importante para o Corinthians, o ano do centenário. Jogadores carimbados, experientes, é o que a gente precisa para disputar a o torneio", disse.
Se o "Baixinho" Romário pôde marcar diversos amistosos para alcançar a marca de mil gols, por que o Fenômeno não pode? Sobre cumprir a meta de 30 gols no ano restando quatro jogos para o fim do Brasileirão - ele tem 22 até agora -, Ronaldo brincou. "Calma, o ano não acabou. Vamos fazer um amistoso contra o Ibis pra alcançar essa meta". Mas depois completou. "Eu só não consegui chegar aos 30 gols ainda por causa da lesão da minha mão. Foi numa época em que eu estava jogando muito, e daria pra chegar nos 30. Nesse período o Chicão e o Dentinho fizeram gols de pênalti, e eu poderia ter feito".
Não poderia faltar o assunto seleção brasileira e, assim como disse anteriormente no "Programa do Jô", na última terça-feira, Ronaldo corroborou que não se convocaria no momento. "Não estou 100%. Depois da fratura da mão eu voltei a treinar, mas senti uma dor no joelho. O ideal é fazer uma pré-temporada boa, tentar emagrecer, fazer de tudo para entrar com o pé direito. Perder peso não é o principal, o importante é estar bem fisicamente para voltar à seleção".
Ele garantiu ainda que não vê as portas fechadas e quer jogar a Copa de 2010. "A seleção eu penso como um militar pensa, como um reservista esperando ser chamado. E eu estou ali. A CBF nunca foi de homenagear jogadores que tiveram uma história bonita, como Cafu, Roberto Carlos... acho que não tem que fechar as portas para mim. O dia que precisarem de mim, estarei à disposição".
Ronaldo revelou que está jogando a reta final do Brasileirão com um incõmodo na região do joelho. "A tendinite ainda me incomoda um pouco, a gente não consegue fazer uma semana de treinamento físico. Vamos tentar essa boa forma nas férias e principalmente na pré-temporada, onde vamos ficar trancados de novo".
No dia 29 de novembro tem Corinthians x Flamengo, dois clubes importantes na história de Ronaldo. O primeiro o recuperou para o futebol e tem todo carinho do Fenômeno; o segundo é declaradamente seu time do coração e que ainda está na briga pelo título. Será que ele se incomoda em fazer gols no Fla? "Pô, tenho que fazer o meu trabalho pelo meu clube. Falando como profissional, é muito melhor que o Flamengo ganhe do que o Palmeiras ou São Paulo. Mas dentro de campo tenho que honrar a camisa e o caráter. Nos outros jogos vou torcer para o Flamengo".
Ainda falando de Flamengo, Ronaldo elegeu Adriano o melhor jogador do Brasileirão. "Ele foi o jogador mais decisivo. Gosto de jogadores decisivos, gosto de ver aquele jogador que chama a responsabilidade. Esse tipo de jogador me chama muita a atenção".
E o fim da carreira? Ronaldo disse que já pensa na possibilidade de fazer um bom ano de 2010 pelo Corinthians e depois pendurar as chuteiras. Com dor no coração. "Tenho ideia de jogar mais um ano e encerrar a carreira bem. Mas não quero perder esse carinho do povo comigo. Vai ser uma decisão muito difícil, eu sinceramente estou bastante confuso. Mas é uma decisão que eu tenho que tomar, vai ser terrível, mas vai chegar uma hora que não tem jeito".
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